Por razões profissionais tenho-me deslocado com frequência à Ilha Terceira, nos Açores. E redescobri um Portugal que pensei já não existir. Principalmente pessoas maravilhosas, com saberes ancestrais que os guardam naturalmente, como as suas mães e avós fizeram e se orgulham de os poder ensinar. Mas isso é uma história para outra altura.
A comida em geral e os doces em particular, são uma perdição e fazem com que, mal regressada a casa, começo logo a fazer dieta, para recuperar.
Para o almoço de domingo resolvi fazer as célebres Donas Amélias, uma espécie de queijadinhas inventadas por senhoras terceirenses aquando de uma visita da Rainha D. Amélia à ilha em 1901.
Consultei várias receitas e acabei por me decidir por uma velha receita da Tele-Culinária que me pareceu a melhor e não me enganei. As porções são razoáveis e a confeção fácil. E não precisei de usar a colher de pau, como parece rezar a lenda.
Ingredientes:
4 ovos
250g de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga derretida
1 colher de chá de canela
1 colher de café de nós moscada
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de mel
100g de farinha de milho
2 colheres de sopa de corintos (não pus porque cá em casa não gostam)
Açúcar pilé para polvilhar
Preparação:
Untam-se formas de queques e liga-se o forno a 200º. Num recipiente juntam-se as gemas, o açúcar, a manteiga derretida, a canela, a noz-moscada, a pitada de sal e o mel e batem-se muito bem com a batedeira elétrica durante 2 a 3 minutos. Junta-se a farinha e bate-se bem. Por fim batem-se as claras em castelo e misturam-se muito bem ao preparado, batendo muito bem, novamente, até fazer bolhas.
Enchem-se as forminhas e leva-se ao forno alto durante 20 a 25 minutos, na parte mais acima do forno, para não queimar.
Polvilham-se com açúcar pilé e põem-se dentro de forminhas de papel.