segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

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Voltar aos dias do blog é uma coisa que ando a pensar há já algum tempo. Para registar novas experiencias, mas principalmente para não perder aquelas receitas que costumo fazer e de que todos gostam. Ou o que se fazia em casa da minha mãe, ou da minha avó. Daqui a algum tempo já ninguém se lembra como se faz, e é pena.
Vamos lá então recomeçar.

domingo, 24 de junho de 2012

Donas Amélias

Por razões profissionais tenho-me deslocado com frequência à Ilha Terceira, nos Açores. E redescobri um Portugal que pensei já não existir. Principalmente pessoas maravilhosas, com saberes ancestrais que os guardam naturalmente, como as suas mães e avós fizeram e se orgulham de os poder ensinar. Mas isso é uma história para outra altura.

A comida em geral e os doces em particular, são uma perdição e fazem com que, mal regressada a casa, começo logo a fazer dieta, para recuperar.

Para o almoço de domingo resolvi fazer as célebres Donas Amélias, uma espécie de queijadinhas inventadas por senhoras terceirenses aquando de uma visita da Rainha D. Amélia à ilha em 1901.

Consultei várias receitas e acabei por me decidir por uma velha receita da Tele-Culinária que me pareceu a melhor e não me enganei. As porções são razoáveis e a confeção fácil. E não precisei de usar a colher de pau, como parece rezar a lenda.



Ingredientes:

4 ovos

250g de açúcar

2 colheres de sopa de manteiga derretida

1 colher de chá de canela

1 colher de café de nós moscada

1 pitada de sal

2 colheres de sopa de mel

100g de farinha de milho

2 colheres de sopa de corintos (não pus porque cá em casa não gostam)

Açúcar pilé para polvilhar


Preparação:

Untam-se formas de queques e liga-se o forno a 200º. Num recipiente juntam-se as gemas, o açúcar, a manteiga derretida, a canela, a noz-moscada, a pitada de sal e o mel e batem-se muito bem com a batedeira elétrica durante 2 a 3 minutos. Junta-se a farinha e bate-se bem. Por fim batem-se as claras em castelo e misturam-se muito bem ao preparado, batendo muito bem, novamente, até fazer bolhas.

Enchem-se as forminhas e leva-se ao forno alto durante 20 a 25 minutos, na parte mais acima do forno, para não queimar.

Polvilham-se com açúcar pilé e põem-se dentro de forminhas de papel.





domingo, 27 de maio de 2012

Tarte de morangos com base de bolacha, chocolate e chantilly


Para que a minha sobrinha tenha matéria para colocar na página do facebook da sua loja - chocolates e companhia - e porque tive de rapidamente improvisar uma sobremesa porque as queridas amigas da minha filha ficaram para jantar no sábado, com o que tinha em casa e sem forno nem grandes trabalhos, saiu esta tarte que até o meu filho, geralmente tão crítico, achou que é para repetir.


Ingredientes:

200g de bolachas digestivas
150g de açúcar amarelo
80g de manteiga
200g de chocolate preto com 54% de cacau
200g de natas
2 colheres de sopa de açúcar em pó
300g de morangos

Preparação:

Faz-se primeiro a base.
Na Bimby, colocam-se no copo as bolachas, o açúcar e a manteiga e programa-se 15Seg., Vel. 4. Sem a Bimby usa-se a 123, ou esmagam-se as bolachas dentro de um saco e com o rolo da massa vai-se esmagando as bolachas. Junta-se o açúcar e a manteiga até ficar uma massa moldável.
Forra-se o fundo de uma tarteira com esta massa pressionando bem.
Coloca-se a tarteira no congelador para endurecer.
Derrete-se o chocolate no micro-ondas, primeiro 1 minuto, mexe-se e volta-se a colocar 30 segundos até estar derretido.
Tira-se a base da tarte do congelador que já ficou bem sólida e espaha-se o chocolate sobre a base de bolacha.
Põe-se a tarteira já com o chocolate no frigorífico e vai-se fazer o chantilly.
Na Bimby põe-se a borboleta e natas com 30% de gordura, programa-se 1min. Vel. 4 e depois disso vai-se vendo se já está ou não em chantilly. Quando estiver junta-se o açúcar em pó.
Sem a Bimby pode-se utilizar natas UHT que devem estar bem frias e com a batedeira fazem-se engrossar as natas. Podem-se juntar umas gotas de limão para ajudar.
Guarda-se o chantilly no frigorífico enquanto se lavam e cortam os morangos.
Coloca-se o chantilly por cima do chocolate cobrindo toda a base e dispõem-se os morangos como na fotografia ou inteiros como se preferir.


Base com a bolacha

Com o chocolate

Com o chantilly


Não consegui uma fotografia melhor já com meia tarte comida


 

domingo, 8 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

FELIZES PÁSCOAS

As Páscoas da minha infância têm três ingredientes: pão de ló, vinho do Porto e nozes.
A nossa casa era a última a ser visitada pelo compasso, geralmente ao fim da manhã do domingo de Páscoa. Punhamo-nos todos em fila, na sala de visitas, à frente do piano e um a um era-nos dado a beijar a cruz.

Após este ritual voltávamos às brincadeiras e o meu avô ia para o escritório com o padre, onde, em cima da escrivaninha, estava uma bandeja com fatias de pão de ló, nozes e cálices de vinho do Porto.

Este doce era feito na Páscoa pela minha avó e podia chamar-se PÁSCOAS FELIZES


Ingredientes:


Pão de ló

Vinho do Porto

Doce de ovos
Nozes


Preparação:


Cortam-se fatias de pão de ló que se dispõem numa taça, ou num prato fundo. Regam-se as fatias, generosamente, com vinho do Porto. Cobrem-se com doce de ovos e salpicam-se com nozes. Podem-se fazer as camadas que se quiserem.
Come-se com moderação.

Felizes Páscoas.

sábado, 23 de julho de 2011

Salsichas com couve lombarda

Ou o que cozinhar para saciar um filho que chega a casa depois de uma semana de férias com os amigos.

O meu filho, no dia em que ia chegar a casa, ligou-me a dizer: Mãe, faz-me uma comidinha daquelas que eu gosto.

Pensei e achei que era este o prato que ele quereria para sentir o sabor de casa. Não me enganei.

Ingredientes:

Salsichas frescas

Chouriço

Couve lombarda

Vinho branco

Folha de louro

Sal

Preparação:

Retiram-se com cuidado as folhas inteiras da couve lombarda, lavam-se e escaldam-se em água muito quente. Colocam-se as salsichas, duas a duas por cima de três ou quatro folhas de couve e no meio das salsichas duas ou três rodelas de chouriço. Enrolam-se com cuidado e “fecham-se” com palitos.

Cortam-se cebolas às rodelas que se dispõem num tacho largo, cobrem-se generosamente com azeite e dispõem-se, por cima, os molhos de couve e salsicha, bem encostados uns aos outros. Tempera-se com sal e junta-se a folha de louro. Vai ao lume, e quando estiver o azeite a ferver, rega-se com vinho branco. Deixa-se ferver, tapa-se e cozinha em lume brando. De vez em quando sacode-se o tacho, para não pegar. Pode ser preciso acrescentar um pouco mais de vinho. A meio da cozedura podem-se virar os molhos de couve e salsicha.

Comem-se com batatas fritas ou cozidas, conforme se possam ingerir mais ou menos calorias.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pinha de morangos

É assim que a minha mãe chama à misturada de Eton da Nigella: uma montanha de morangos e suspiros em camadas, envolvidos por cremoso chantilly.

De uma incrível simplicidade, tem apenas aqueles 3 ingredientes e é só montar e comer.

A minha mãe fazia as pinhas num prato grande, redondo e dispunha camadas de morangos, suspiros meio desfeitos e colheradas de chantilly. Por cima esfarelava o suspiro.

Os morangos estão por todo o lado e ontem lembrei-me de fazer esta sobremesa para o almoço de domingo. Para facilitar, resolvi fazer as camadas numa taça, o que também fica bem e não requer tanto trabalho.

Ingredientes:

Morangos
Açúcar

Vinho do Porto
Natas frescas com 30% de matéria gorda
Suspiros

Preparação:


Arranjam-se os morangos e deixam-se a macerar, durante algum tempo no vinho do Porto e açúcar.

Batem-se as natas em chantilly e dispõem-se, numa taça ou num prato, camadas de morangos, suspiros meio desfeitos (pega-se no suspiro e “amassa-se” sem o desfazer) e colheradas do chantilly. Decora-se com morangos e suspiro desfeito. E é só comer